Após três dias de visitas a empreendimentos agrícolas do Oeste baiano, a comitiva AgroBrazil, formada por membros da Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA), Sistema FAEB/Senar, jornalistas brasileiros e representantes de dez países, esteve no Centro de Análise de Fibras da Associação Baiana de Produtores de Algodão (Abapa), em Luís Eduardo Magalhães, no fim da tarde desta quarta-feira (7). No laboratório, os participantes observaram os processos de condicionamento e classificação visual e análise por meio de equipamentos de alta tecnologia, High Volume Instruments (HVI).
O diretor-executivo da Abapa, Lidervan Morais, disse que a vinda da comitiva é uma oportunidade para apresentar a região, a produção sustentável aqui praticada e com alta qualidade visando a realização de novas e duradouras parcerias. “Alguns países aqui representados são compradores de nossos produtos e outros fornecedores de insumos como fertilizantes. A parceria tem que ser de mão-dupla. Eles vêm para conhecer, investir, comprar e aproveitam a ocasião para mostrar as tecnologias e produtos que oferecem e que são de interesse do produtor brasileiro”. Ele falou também sobre o trabalho desenvolvido no laboratório. “A classificação do algodão é fundamental para a comercialização e para que haja confiabilidade. Com os laudos emitidos aqui, o produtor informa a qualidade do que está vendendo e o comprador tem ciência do que está comprando. É um processo muito transparente”, definiu.
Do Ba Khoa, embaixador do Vietnã, país asiático responsável pelo segundo maior volume de importação do algodão brasileiro, atrás apenas da China, ponderou sobre as perspectivas produtivas da região para os próximos anos. “O Oeste da Bahia tem muitas vantagens: extensão geográfica, bom terreno, sem calamidades naturais e possui muita tecnologia empregada, como demonstra a estrutura desse laboratório. Os projetos em andamento, considerando questões sociais e ambientais, fazem desta região um grande celeiro do presente e do futuro, em um planeta que tem crescente demanda por alimentos e fibras. É um bom modelo de desenvolvimento”, declarou.
Vislumbrando o aumento dos negócios entre seu país e os produtores brasileiros, Yoneski Armenteros Gutiérrez, cônsul da República de Cuba para assuntos econômicos, se surpreendeu com o alto nível de produção nas fazendas e nas cidades. “Estou fazendo uma pesquisa para mostrar a Cuba o que e como se produz por aqui, com vistas a novos contratos. Certifico, com essa passagem, que os grãos e fibras cultivados nos campos da Bahia têm muita qualidade. Além do mais, há capacidade de aumento das exportações e de manutenção da oferta por longo período. Por tudo o que me foi apresentado, creio que o setor agropecuário tenha potencial para crescer ainda mais”, opinou. Além dos vietnamitas e cubanos, a equipe teve representantes da Austrália, Argélia, Alemanha, Canadá, França, Tailândia, Malásia e Indonésia.
Assessoria de Imprensa da Abapa
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