A Associação Baiana dos Produtores de Algodão (Abapa) e a Associação de Agricultores e Irrigantes da Bahia (Aiba), promoveram, na última sexta-feira (29), dois tours por fazendas do Oeste da Bahia para discutir e organizar ações no combate às pragas das principais culturas da região: soja, algodão e milho. Os eventos ocorreram simultaneamente em duas áreas: Anel da Soja, em Barreiras, e Roda Velha, distrito de São Desidério. No Anel da Soja, nas fazendas Decisão Rio Branco, do Grupo Decisão, e a Palmares (Sete Belos), do Grupo SLC Agrícola; já em Roda Velha foram as fazendas Warpol, do Grupo Busato, e Querubim, do Grupo Horita.
O pesquisador da Fundação Chapadão, entidade localizada em Chapadão do Sul (MS), Germison Vital Tomquelski, participou em Roda Velha, tecendo comentários técnicos sobre as ações a serem realizadas pelos produtores no combate às pragas. “Reuniões desse tipo são momentos de alinhamento, de estratégia para o manejo das pragas. Hoje discutimos principalmente pragas como tripes, spodoptera, cigarrinha e lagartas (helicoverpa). São ações em conjunto com as instituições presentes, capazes de traçar uma estratégia mais ampla, que envolva os produtores e todas as instituições para o melhor manejo das culturas locais”, destacou.
Em relação aos resultados práticos que ações como essas podem trazer, Tomquelski ressaltou a importância da conscientização do produtor para os procedimentos sustentáveis como forma de combate às pragas. “A grande contribuição desse tipo de ação é a criação de um ambiente adequado para o manejo dessas pragas e, conseqüentemente, menor utilização e a racionalização do uso de inseticidas, ou seja, aplicar no momento correto, no nível adequado. Além disso, também incentivamos determinadas ações, como o controle biológico, que foi uma questão debatida. Precisamos difundir essa prática para que isso crie um ambiente de sustentabilidade”.
Para o representante da Abapa e supervisor do Programa Fitossanitário, Celito Breda, o planejamento de longo prazo é fundamental para aumentar a produtividade e evitar futuras perdas. “Este evento não se restringe apenas a uma safra, nós temos que planejar tecnicamente a nossa região para ter sustentabilidade, competitividade e produtividade com baixo custo. A Abapa se preocupa com o espírito de coletividade, dedica muitos esforços e recursos para o Programa Fitossanitário. Além da realização de reuniões, nós estamos trabalhando no monitoramento de resistência de algumas moléculas, para reduzir os custos dos defensivos agrícolas, destacou.
Além de Tomquelski e Breda, também participaram como mediadores das atividades em campo e da reunião na Fundação Bahia os pesquisadores da Universidade Federal da Grande Dourados, Dr. Paulo Degrande; da Universidade do Estado da Bahia (UNEB), Dr. Marco Antonio Tamai e o Consultor Milton Ide. No período da tarde, pesquisadores e consultores que estavam presentes no Anel da Soja e em Roda Velha, se reuniram na Fundação Bahia, em Luís Eduardo Magalhães, para apresentar os resultados e avaliar as perspectivas das culturas analisadas. Os tours receberam o apoio da Aprosoja Bahia, da Fundação Bahia e dos Sindicatos Rurais de Barreiras e Luís Eduardo Magalhães.
Assessoria de Imprensa Abapa
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