Setor, no entanto, acumula saldo positivo de empregos com carteira assinada neste ano, segundo o Ministério do Trabalho

Foi o maior número entre os setores da economia que apresentaram fechamento de postos de trabalho em setembro, superando serviços de utilidade pública e indústria extrativa mineral. O saldo negativo do campo é resultado de 68,968 mil contratações e 77,340 mil dispensas.
“O setor da Agropecuária apresentou saldo negativo de empregos em Setembro/2017, em decorrência da sazonalidade típica desse setor”, informa o Ministério do Trabalho. Exceção feita às lavouras de frutas, que geraram vagas em setembro.
Ainda assim, no acumulado do ano, a agropecuária mais contratou que mandou gente embora. Foram 810,840 mil admissões de janeiro a setembro e 703,430 mil demissões. O saldo é positivo em 107,410 mil empregos com carteira assinada.
Situação semelhante é do período de 12 meses encerrado em setembro. Foram contratadas 984,541 mil pessoas e 966,747 mil foram dispensadas. O saldo ainda é positivo para o setor em 17,794 mil vagas formais.
Na somatória de todos os setores da economia analisados pelo Caged, o Brasil foi gerador de postos de trabalho pelo sexto mês seguido. Foram abertas em setembro 34,392 mil vagas formais, resultado de 1,148 milhão de contratações e 1,113 milhão de demissões. Não era registrado resultado positivo para setembro desde 2014, quando foram abertas 123,785 mil vagas.
Metade dos oito setores econômicos analisados teve saldo positivo. O maior foi o da indústria de transformação, com 25,684 mil vagas. Um resultado, de certa forma, ajudado também pelo agronegócio. Entre os destaques no setor, estão segmentos de alimentos e bebidas, etanol, produtos veterinários e madeira.
De janeiro a setembro, o Caged contabilizou a abertura de 208,704 mil postos com carteira assinada, resultado de 11,262 milhões de contratados e 11,054 milhões de demitidos. No entanto, no período de 12 meses, o governo registra o fechamento de 466,654 mil vagas.
Nesta semana, o ministro do Trabalho, Ronaldo Nogueira, se reuniu com auditores fiscais para falar sobre a portaria que muda definições e normas de fiscalização do trabalho escravo no Brasil. Segundo o divulgado pela pasta, ele reiterou o compromisso com o combate a essa ilegalidade no país.
Nogueira disse ainda que o objetivo da portaria é dar segurança jurídica para a efetiva criminalização de quem explora trabalho escravo. E que o combate a esse tipo de crime é permanente e continuará a receber toda a atenção.
Revista Globo Rural
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