Estimativa para safra 2017/2018 é de até 227,5 milhões de toneladas

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A produção de grãos da safra 2017/2018 deve ficar entre 223,3 a 227,5 milhões de toneladas, segundo estimativa de intenção de plantio do 2º Levantamento da safra, divulgado nesta quinta-feira (9) pela Companhia Nacional de Abastecimento (Conab). previsão representa recuo entre 6,2% e 4,4% em relação à safra passada, que foi de 238 milhões de toneladas.

A perspectiva de redução se deve ao fato de que a safra passada registrou recorde de produtividade graças a condições climáticas, cenário que pode não se repetir. Como exemplo da produtividade alcançada, a Conab citou a soja, cuja produção foi de 3.364 kg/hectare na safra 2016/2017, sendo que na safra atual, a estimativa é de 3.075 kg/hectare.

“No ano passado a safra foi excepcional, especialmente em função da contribuição do clima. Então, qualquer comparação com o ano passado é um pouco fora de esquadro. O mais importante é que a área plantada deve subir. Em segundo lugar, mesmo que não tenhamos um clima excepcional, a situação de abastecimento é absolutamente tranquila”, explicou Sávio Pereira, secretário de Política Agrícola substituto do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento.

Quanto à área plantada, favorecida pelo aumento do plantio de algodão e da soja, é esperada a manutenção ou aumento de até 1,9%, podendo alcançar entre 61 milhões a 62 milhões de hectares. Soja e milho, as principais culturas da safra, devem responder por cerca de 89% dos grãos produzidos no país. A expectativa é de que a produção de soja alcance entre 106,4 milhões e 108,6 milhões de toneladas e a do milho total, entre 91,6 milhões e 93,1 milhões. A primeira safra de milho pode alcançar números menores que os do último período e ficar entre 24,5 milhões e 25,9 milhões de ton e, a segunda safra, 67,2 milhões de toneladas. A área do milho primeira safra deve recuar de 11,5% a 7,5% em relação a 2016/2017, o que vai refletir na diminuição da área total da cultura, estimada entre 631,6 mil ha e 409,6 mil ha. No caso da soja, a maior liquidez e a possibilidade de melhor rentabilidade frente a outras culturas deve estimular elevação média de 3,1% da área, para algo entre 34,6 milhões há e 35,3 milhões ha. Já a produção e a área de algodão, feijão-comum preto e mamona deverão aumentar, assim como o amendoim primeira safra, que sinaliza melhor número na área. A pesquisa foi feita nos principais centros produtores de grãos do país, entre os dias 23 a 27 de outubro.

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