Com maior produtividade de todos os tempos, região reafirma seu potencial agrícola e se destaca nacionalmente
Carro-chefe da produção agrícola no oeste da Bahia, a soja bateu recorde na safra 2017/18, alcançando a marca histórica de 6,3 milhões de toneladas do grão e uma produtividade média de 66 sacas por hectare – um incremento de 22,2% em relação à safra anterior. Os números quebram todos os recordes desde a implantação de lavouras da oleaginosa na região.
Os resultados positivos desta safra influenciam no clima de otimismo para o próximo ciclo, que, apesar de sofrer uma pequena redução da área plantada, não deve registrar variação expressiva na produção, já que a alta produtividade será mantida.
De acordo com o levantamento do Conselho Técnico da Associação de Agricultores e Irrigantes da Bahia (Aiba), atualmente a área total com o cultivo do grão é de 1,60 milhão de hectares, mas na próxima safra passará para 1,57 milhão, ou seja, quase 2% a menos. Isso se deve ao crescimento de 26,6% do plantio de algodão. A retração, entretanto, não implicará na produtividade, que deverá manter as 66 sacas/hectare. Em números absolutos, a próxima safra deve produzir 6,21 milhões de toneladas. É o que prevê o assessor de agronegócio da Aiba, Luiz Stahlke.
“Depois de algumas safras com problema de estiagem, o oeste finalmente conseguiu atingir os patamares recordes de produtividade das principais culturas. E, até o momento, a perspectiva para safra 2018/19 é semelhante à safra anterior por conta do plantio que ocorreu de forma adequada e do clima que também vem contribuindo com boas distribuições de chuvas”, comenta.
A segunda principal cultura da região, o algodão, fechou a safra 17/18 com êxito, batendo recorde de produção. O oeste da Bahia concentra 96% da atividade no Estado. Foram colhidas, nesta temporada, 1,2 milhão de toneladas de algodão em caroço, com um rendimento de fibra acima de 42%, que corresponde a 535 mil toneladas de plumas. A safra rendeu 322 arrobas por hectare.
Ainda segundo os dados do levantamento, para o próximo ciclo, a área algodoeira já está praticamente plantada em sua totalidade, sendo 321 mil hectares (96,3%) no oeste e mais 12 mil hectares (3,7%) no sudoeste baiano, somando 333.720 mil hectares de algodão na Bahia, indicando que a safra 2018/19 tem potencial para bater os recordes anteriores, com uma produção estimada em 1,6 milhão de toneladas de algodão em caroço.
Já a cultura do milho registrou um crescimento de 7%, de acordo com o levantando realizado em dezembro de 2018. O oposto acorreu com o café, que teve a área efetivamente em produção reduzida de 11,3 para 8,6 mil hectares, com uma produtividade de 44 sacas por hectare.
O Conselho Técnico é formado pelos representantes da Aiba, Abapa, Abacafé, Fundação BA, Sindicato de Barreiras, Sindicato de LEM, Sandias, Aprosem, Aciagri, Cargill, Bunge, Cooproeste, CREA, IBGE, Bahiater, Adab, Conab, BNB, Banco do Brasil, Louis Dreyfus, ADM, Multigrain, Noble.
Ascom Aiba
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