Potencial hídrico do oeste baiano é apresentado com o resultado da segunda etapa de pesquisa realizada na região

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Pesquisadores da Universidade Federal de Viçosa (UFV) e da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) apresentaram, durante uma videoconferência, na tarde desta segunda-feira (21), os principais resultados da segunda etapa do Estudo do Potencial Hídrico do Oeste da Bahia. O trabalho de pesquisa vem realizando, desde 2016, levantamentos para quantificar a disponibilidade dos recursos do Sistema Aquífero Urucuia (SAU) e superficiais nas bacias dos rios Grande, Corrente e Carinhanha. Associados da Aiba e da Abapa, entidades parceiras da iniciativa, acompanharam a transmissão. A região oeste da Bahia é uma das mais ativas fronteiras agrícolas do mundo, com cerca de 2,5 milhões de hectares em uso pelas atividades agrosilvopastoris. Cerca de 200 mil hectares são irrigados, o que corresponde a 8,0% do total. “A região tem potencial de aumento da produção agrícola irrigada, tanto na agricultura empresarial quanto na de pequena escala, sendo necessário que o crescimento ocorra em bases sustentáveis, garantindo à sociedade em geral e aos produtores que investem no sistema que este crescimento seja seguro do ponto de vista da disponibilidade e do uso compartilhado dos recursos hídricos”, afirmou Everardo Mantovani, coordenador geral do estudo. Sobre a gestão dos recursos hídricos, a coordenação do estudo observa que o debate ainda é conduzido com grandes lacunas de informações, principalmente em nível estadual. “A análise da disponibilidade hídrica e a utilização para a produção de alimentos, fibras e agroenergia exige um diálogo amplo e com participação efetiva de todos os setores, uma vez que este assunto é de grande interesse da coletividade” disse Mantovani, durante a abertura da reunião. “Nosso objetivo, com esse estudo, é quantificar os volumes de água, observar o quanto esse recurso vem sendo disputado, porque há mais de 20 anos vem sendo explorado, principalmente para a irrigação. Mas, a utilização dessa água deve ser feita de forma científica e ordenada. Tem que haver uma gestão, para que a gente não faça uso excessivo, e que o aquífero possa ser preservado para as gerações futuras”, disse o professor da UFRJ e pesquisador do projeto, Gerson Cardoso da Silva Júnior. A diretora de Meio Ambiente e Irrigação da Aiba, Alessandra Chaves, avaliou a apresentação como positiva, por oferecer a oportunidade para os agricultores se informarem sobre os resultados práticos do Projeto, que é de grande importância para a segurança hídrica na região. Segundo ela, o estudo vem colaborando de maneira significativa para ampliar o conhecimento sobre especificidades da região oeste da Bahia, considerando a disponibilidade hídrica regional, com destaque para o uso e ocupação do solo, carbono e governança, que são essenciais para o desenvolvimento regional. O produtor rural Celestino Zanella exaltou os resultados apresentados. “Eu tenho acompanhado as medições que estão sendo feitas por meio dessa pesquisa e ficado cada vez mais feliz com a capacidade do nosso aquífero. Esses dados precisam estar cada vez mais disponíveis para toda a população, para que nós produtores rurais possamos saber exatamente como e onde podemos agir”, opinou Zanella.   Sistema OBahia Na apresentação foram mostrados os detalhes da programação, análise dos treinamentos previstos e como funciona o Obahia, que é um Sistema de Inteligência Territorial e Hídrica para o Oeste da Bahia. Foi mostrada, também, uma atualização hidrogeológica para a obtenção de outorgas no estado da Bahia. Saiba mais em: http://obahia.dea.ufv.br/mfview/#/   Ascom Aiba

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