As aulas no campo fazem parte do cronograma do curso e agregam conhecimento
As visitas técnicas durante o curso Técnico em Agronegócio são práticas que os alunos conheceram já no primeiro semestre de aula. Além do aprendizado no campo experimental da Fazenda Modelo Paulo Mizote, os estudantes tiveram a oportunidade de sair para conhecer outras propriedades rurais e a rotina no campo.
Na primeira visita os alunos foram até o município de Riachão das Neves, na Fazenda Mariinha localizada no Perímetro Irrigado de Riacho Grande. A aula fez parte da programação da Unidade Curricular de Administração Rural ministrada pela tutora Silvia Dayube, quando conheceram a propriedade familiar do senhor Josiel de Menezes, que produz diversas culturas principalmente as frutíferas, com destaque de produção para o mamão.Os futuros Técnicos em Agronegócio acompanharam todo o processo, desde a produção com a demonstração da estrutura reprodutiva do mamão à logística para comercialização fora do Estado. Ouviram atentamente ao Josiel, quando destacou e como é feita a organização administrativa na Fazenda Mariinha, sua visão empresarial e de produtor. E ainda, a importância dos investimentos em pesquisas e testes para aprimorar a qualidade do produto e, manter a qualidade do solo. “As visitas técnicas proporcionam melhor compreensão e amplia os conhecimentos com a observação em campo da realidade produtiva, dos desafios e de como o setor rural tem evoluído e aprimorado as técnicas produtivas”, pontuou o aluno Mateus Queiroz, que ressaltou sobre a fazenda.
“Foi possível verificar que na fazenda há uma busca por excelência no uso racional da água, na utilização de defensivos agrícolas, além de aplicação de técnicas de conservação do solo como rotação de culturas e melhor condução nos trabalhos dos colaboradores. Nesse quesito, o empreendimento gera renda e emprego para famílias próximas, contribuindo para o desenvolvimento do setor rural regional”, disse Queiroz.
Já na Unidade Curricular de Técnicas de Produção Vegetal a análise dos solos foi realizada nas saídas ao campo experimental da Fazenda Modelo, com a tutora Raissa Carolina. Na sequência do cronograma de aulas, a turma conheceu o Campo Experimental da Fundação BA, em Luís Eduardo Magalhães.
Acompanhados pelo técnico da fundação BA, Francisco da Silva, os alunos conheceram sobre as cultivares da região oeste, com destaque de informações sobre uma das principais, o algodão, além de conhecerem de perto o café, o gergelim e o que é tecnologia de precisão.
“O curso está superando minhas expectativas! As saídas de campo têm sido momentos riquíssimos de aprendizado e conhecimento. Compreender como o agronegócio é fundamental para a economia do país, como ocorre os processos internos em determinadas culturas da região, os avanços e inovações no campo e, o quão é criterioso cada processo de produção”, afirmou a aluna Jaqueline Sampaio, que destacou sobre o aprendizado durante a visita.
“Na visita à Fundação Bahia pude conhecer particularidades das culturas de algodão, soja, café, etc., como são cultivadas, o emprego da tecnologia para o melhoramento do cultivo, seja no solo, na semente ou na colheita. Conhecer práticas e fórmulas de sucesso para quando chegar ao mercado ter conhecimento suficiente para prestar seu serviço de forma eficiente”, disse Jaqueline.
O curso
Essa é a primeira turma de Técnico em Agronegócio de Barreiras. A capacitação é oferecida gratuitamente pelo Serviço Nacional de Aprendizagem Rural (Senar), com aulas presenciais na Fazenda Modelo Paulo Mizote.
O curso é certificado pelo Ministério da Educação e Cultura (MEC) e tem carga horária de 1.230 horas, sendo 80% da carga horária à distância e os outros 20% das aulas presenciais. Durante as aulas os alunos estudam técnicas de gestão, de comercialização e aprendem como atuar na execução de procedimentos para planejar e auxiliar na organização e controle das atividades de gestão do negócio rural.
Quem já passou por essa experiência reconhece a importância para a atuação profissional no setor agropecuário da região. “Trabalho há sete anos na Fundação BA e quando fui promovido para supervisor de campo senti necessidade de estudar mais sobre gestão de campo, minha função exigia. Além da parte de condução de manejo e de lavoura. Vi no curso de Técnico em Agronegócio uma boa alternativa, que agregou bastante na área de gestão e também como um todo”, disse o técnico Francisco da Silva.
Texto e fotos: Ascom SPRB
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