Com uma extensão de 258 mil ha, a nova Unidade de Combate a Incêndios Florestais do Oeste da Bahia está localizada dentro da Área de Preservação Ambiental (APA) do Rio de Janeiro, na divisa entre os municípios de Barreiras e Luís Eduardo Magalhães. O objetivo da unidade é evitar que áreas produtivas, áreas de preservação permanente (APP) e reservas legais sejam destruídas pelo fogo. A iniciativa é da Associação de Agricultores e Irrigantes da Bahia (Aiba) em parceria com a secretaria estadual de Meio Ambiente e Recursos Hídricos (Sema), Instituto de Meio Ambiente (Inema), Corpo de Bombeiros e secretaria municipal de Meio Ambiente de Luís Eduardo Magalhães.
Para esta Unidade, 25 produtores associadas da Aiba aderiram de forma voluntária ao projeto e atuarão de forma conjunta nas ações de combate. Assim, funcionários das fazendas envolvidas receberam treinamento teórico e prático sobre o combate a incêndios florestais. Estes funcionários irão liderar e atuar como brigadistas neste projeto. A Sema e o Inema procuraram fortalecer a prevenção repassando informações sobre a operação Bahia sem Fogo; legislação; fiscalização; licenciamento; Cefir; educação ambiental e associativismo. Já o Corpo de Bombeiros ministrou aulas práticas sobre primeiros socorros, incêndios florestais e ações de combate, totalizando 40h de curso.
Para o trabalho de combate a incêndio, os brigadistas vão utilizar equipamentos agrícolas como carros pipas de 30 mil litros, pás carregadeiras, tratores pesados com grades para aceiros, pulverizadores autopropelidos de três mil litros e ônibus.
A nova unidade será monitorada diariamente e, caso seja identificado algum foco de incêndio, será acionada a fazenda mais próxima do local. A APA do Rio de Janeiro conta com duas bases operacionais localizadas nas fazendas Bananal e SLC Agrícola, para facilitar o deslocamento das equipes, considerando a hidrografia presente na área.
Unidade Piloto – A primeira unidade de combate a incêndios florestais foi implantada, em caráter experimental, no município de São Desidério em 2013. Desde então, o número de focos de calor passou de 4435 pontos em 2012, para 607 em 2013, uma redução de 73%. Este resultado mostra que é possível aliar o desenvolvimento agrícola com a sustentabilidade ambiental. Esta unidade continua sendo monitorada.
Ascom Aiba
Deixe um comentário