Nota de Repúdio – Caso Coaceral

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A Associação de Agricultores e Irrigantes da Bahia (Aiba) e Associação Baiana dos Produtores de Algodão (Abapa) vêm a público se solidarizar com os produtores rurais da região da Coaceral, no município de Formosa do Rio Preto, que, por força de uma decisão arbitrária da justiça local, estão proibidos de colher o que plantaram em suas terras, terras essas adquiridas legalmente, cujas escrituras públicas, registradas em cartório, atestam a legalidade da transação de compra e venda das propriedades. As associações repudiam veementemente a maneira como o processo está sendo conduzido, sem levar em consideração o histórico de luta e trabalho dos agricultores, que foram os desbravadores destas terras e os principais impulsionadores da economia regional, quiçá estadual. Vale ressaltar que só na área em questão são produzidas cerca de 1 milhão de toneladas de grãos, predominantemente soja, milho e feijão, que estão em fase de colheita e cuja interrupção pode gerar um incalculável prejuízo econômico e social para a região. Nos causa estranheza que a posse de uma área dessa dimensão – que corresponde a 15% de toda área produtiva do oeste da Bahia – seja reivindicada por uma única pessoa, que seria, portanto, o maior latifundiário do País. A decisão da justiça beneficia, portanto, uma única pessoa, em detrimento de mais de 300 famílias que dali retiram os seus sustentos e geram cerca de 2.400 empregos diretos e 9.800 indiretos. Por fim, discordamos da decisão monocrática por entender que é injusta e infundada a expulsão dos verdadeiros donos, que há mais de três décadas cultivam na região, após altos investimentos para tornar tais terras agricultáveis. Vale ressaltar que ao chegar aqui, há mais de 30 anos, os agricultores encontraram total falta de infraestrutura, além de solos inférteis, onde jamais havia sido plantado alimentos.   Ascom Aiba

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