Mais de mil mulheres de todo o País participam do 2º Congresso Nacional de Mulheres do Agro, que iniciou nesta terça-feira (17) e segue até quarta (18), em São Paulo. Entre as caravanas, estão a das produtoras rurais do oeste da Bahia que foram para o Congresso com o objetivo de aprimorar ainda mais os seus conhecimentos sobre a área.
Uma das participantes, a produtora rural e representante da Associação de Agricultores e Irrigantes da Bahia (Aiba), Rosi Cerrato, destaca a importância do evento como palco de valorização do trabalho da mulher no campo. “O Congresso é uma forma de valorizar o trabalho e as conquistas das mulheres, que aos poucos ocuparam grande espaço no segmento, além de um incentivo para que possamos dar continuidade ao desenvolvimento de ações em todas as cadeias produtivas”, pontuou Rosi.
Para Ivanir Pradella, que também participa do evento, cada vez mais as mulheres estão conquistando seu espaço e tendo oportunidade de buscar mais conhecimento. “Eu quero conhecer mais sobre formas de trabalhar melhor na nossa propriedade”, conta a produtora que planta soja e milho na região da Coaceral, no oeste baiano.
Durante os dois dias de evento serão realizados workshops, painéis de debates com os temas Liderança Integrada, Liderança Empreendedora, Criatividade e Cooperação, Agricultura Digital, Tecnologia e Genética, Sucessão, Crédito Rural e Cases de Sucesso.
Pesquisa
Associação Brasileira do Agronegócio (ABAG) apresentou, no primeiro dia do Congresso, a pesquisa “Todas as Mulheres do Agronegócio”, que ouviu 862 mulheres de todas as regiões do País, entre os meses de junho e julho.
A pesquisa revelou que a mulher do campo é empreendedora competente, motivada, conciliadora, resiliente e não se contenta com a posição já conquistada. Quer ir mais longe.
Prova disso, é o número elevado de mulheres que gostaria de aprofundar seus conhecimentos justamente em temas relacionados à formação profissional e trabalho: gestão de pessoas, gestão de negócios e finanças. O destaque entre os três foi gestão de pessoas, apontado por 56,8% das mulheres que participaram da pesquisa.
Outro dado importante da pesquisa é a conectividade das mulheres do agro com as modernas ferramentas de comunicação. Mais de 95% das entrevistadas usam o WhatsApp e quase 93% o Facebook.
Quase 60% das mulheres que participaram da pesquisa são proprietárias ou sócias, 49,5% trabalham em minifúndios e 55% se sentem preparadas para desenvolver qualquer atividade no campo.
Ascom Aiba com informações da Ascom CNA/Senar.
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