O calendário letivo do ensino convencional nem começou ainda, mas, em Barreiras, a Fazenda Modelo, que mantém o curso técnico-profissionalizante em supervisão agrícola, já iniciou as aulas de 2020. Na última quarta-feira (29), o programa integrou duas novas turmas. Durante os próximos 10 meses, os 48 jovens selecionados farão a formação que inclui aulas teóricas e práticas em ambiente controlado.
A cerimônia de boas-vindas aos novos estudantes reuniu representantes da Associação de Agricultores e Irrigantes da Bahia (Aiba), do Instituto Aiba (Iaiba), do Sindicato de Produtores Rurais de Barreiras (SPRB) e os gestores de Recursos Humanos das fazendas contratantes.
“Nós, agricultores, temos apostado nesses jovens que têm vontade de crescer na vida por meio do trabalho. Programas como esse contribuem enormemente para o desenvolvimento profissional e, consequentemente, transformam a realidade econômica e social dos participantes”, afirma Odacil Ranzi, vice-presidente da Aiba. Ele fez uma reflexão sobre os investimentos que permitiram a implementação do programa. “A criação da Fazenda Modelo nos permitiu dar forma e fôlego a esse programa, por conta da estrutura que ela tem e a segurança jurídica que ela representa. Seria muito difícil levarmos esses jovens para fazer o curso nas fazendas, que ficam a cerca de 200 ou 300 quilômetros de distância, e trazê-los a tempo para eles irem para a escola”, observou.
A coordenadora adjunta do Senar Bahia, Liziane Rocha, explicou a importância do primeiro encontro com os cursistas. “O momento da integração é fundamental. Se a gente consegue fazer com que esse jovem se apaixone pelo trabalho que ele vai aprender aqui, a tendência é termos uma turma de excelência, com resultados muito positivos”. Ela informou que o curso tem carga horária de 800 horas. Em outras cidades, são aplicadas 400 horas de teoria, no início, e as aulas práticas ficam para a segunda parte do curso. Em Barreiras, as aulas práticas ocorrem ao final de cada módulo teórico, devido à estrutura oferecida pela Fazenda Modelo.
O barreirense José Nilton, participante do programa, tem 20 anos e define o Jovem Aprendiz como uma oportunidade revestida de responsabilidades. “Nossa remuneração e os custos do programa são pagos por recursos próprios dos produtores rurais. Essa é uma demonstração de que eles confiam que vamos nos dedicar e fazer valer essa oportunidade”, declarou.
Para o gerente de uma das propriedades contratantes, Leandro Uzueli Perez, “O programa se encaixa na estrutura da Fazenda Modelo de forma perfeita, permitindo que os jovens, que hoje têm tanta aptidão para as tecnologias, encontrem as condições ideais para alçar voos mais altos”, definiu.
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