Uma das etapas mais importantes no planejamento agrícola, independentemente da cultura, é a aplicação correta dos defensivos. O produtor que usa adequadamente os produtos e tecnologias disponíveis no mercado tem mais chances de obter maior produtividade, além de ser mais sustentável para o processo produtivo. Visando apoiar os produtores baianos a alcançarem maior eficiência na aplicação de defensivos, a Associação Baiana dos Produtores de Algodão (Abapa) e a Agrosul – Jonh Deere, em parceria com a UPL e a Fundação Bahia, finalizaram nesta sexta-feira (7) as atividades das duas turmas do 1º Curso Avançado em Tecnologia de Aplicação Agrícola, ocorrido no Centro de Treinamento da Abapa – Parceiros da Tecnologia (CT), em Luís Eduardo Magalhães.
Durante dois dias, a turma composta por técnicos agrícolas, gestores, engenheiros agrônomos e demais pessoas envolvidas na cadeia produtiva de culturas como o algodão, soja e milho, aprofundaram o conhecimento na área de aplicação agrícola. “Este curso foi de extrema importância para nós que estamos no dia a dia das aplicações, um processo que tem muito dinheiro envolvido e um pequeno detalhe pode melhorar muito a eficiência de uma aplicação. Com certeza ajudará a aprimorar o monitoramento e a eficiência do processo”, ressalta Miguel Pandolfo, engenheiro agrônomo da Fazenda Campo Grande, localizada em Baianópolis.
Um dos instrutores do curso, o pesquisador da Embrapa, Fabiano Perina, ressalta que o curso ajuda a promover a melhoria da eficiência no controle fitossanitário. “A tecnologia de aplicação é uma excelente ferramenta que pode corrigir e aumentar a eficiência de controle de pragas e doenças que atacam as culturas da região”, afirma. Para o gerente de Soluções em Agricultura de Precisão da Agrosul – John Deere, Fábio Luis, o treinamento também reforça os cuidados na operação das máquinas, que são fundamentais para a aplicação dos defensivos de forma eficiente e sustentável. “Neste treinamento buscamos uma melhor qualidade na aplicação, evitamos que pragas e doenças ganhem resistência, porque conseguindo atingir o alvo certo, diminui as chances de resistência”.
Para Victor Michelin, que atua no setor de Desenvolvimento de Mercado da UPL, empresa apoiadora do curso, “é interessante ver a vontade das entidades e empresas da região em aperfeiçoarem o nível das aplicações com conhecimento e tecnologia. “Os produtores têm investido dinheiro e tempo em aplicações de defensivos e, muitas vezes, pecando em pequenos detalhes que são básicos, mas que trazem diferença a longo prazo”. Além da aplicação correta dos defensivos, o pesquisador e consultor agronômico, Celito Breda, acredita que também é fundamental evidenciar as técnicas que protegem os profissionais envolvidos no processo da aplicação e também o meio ambiente. “O curso abrange a questão ambiental, a questão humana, o que nós devemos fazer para protegermos melhor quem está à frente dessas aplicações, proteger melhor as matas ciliares e o meio ambiente como um todo”, reforça.
Presente na solenidade de abertura, o vice-presidente da Abapa, Paulo Almeida Schmidt, acredita que a má aplicação destes produtos significa prejuízo para os produtores rurais. “O investimento no combate a pragas nas lavouras é alto. Uma má aplicação pode trazer prejuízos na qualidade da lavoura. Instruir as pessoas que estão no dia a dia do campo, que executam a aplicação, faz a diferença. Com a instrução certa, a produtividade das lavouras aumenta, movimentando a economia em toda a região, gerando emprego e renda”, afirma. A atividade também contou com o apoio da Embrapa e da Associação de Agricultores e Irrigantes da Bahia (Aiba).
Assessoria de Imprensa Abapa
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