Quinta localidade a receber a caravana da Aiba este ano, a comunidade agrícola de Novo Horizonte, na Estrada do Café, foi palco, na noite desta terça-feira (10), da tradicional reunião anual. O encontro funciona como uma espécie de prestação de contas, onde são apresentados os projetos e ações institucionais, além de ser também um momento de aproximação entre associação e associado, com o objetivo de ouvir os seus pleitos coletivos e tentar defendê-los juntos aos governos municipal, estadual e federal.
O presidente da Aiba, Celestino Zanella, ressaltou que a entidade de classe tem sido a porta-voz dos produtores rurais junto às três esferas. “Dentro do possível, estamos sempre cobrando melhorias. E temos o Prodeagro, que tem nos possibilitado atuar junto com o governo do Estado em estradas. Não sabíamos que podíamos fazer isso até que fizemos a primeira”, disse ao apresentar o balanço de 13 rodovias que passaram por serviços diversos, a exemplo de cascalhamento, terra planagem e pavimentação, totalizando mais de 1000 km de intervenção.
Além das estradas, os produtores rurais, através da Aiba e Abapa, também construíram três pontes na região. “A melhora é lenta e contínua. Quando viemos aqui pela primeira vez haviam tantos buracos que nos levavam a dúvida se era possível passar camionete ou não. Hoje as estradas estão melhores. Isso acontece porque apresentamos os projetos ao governo e juntos aprovamos aqueles mais urgentes, levando em conta o recurso que disponibilizamos”, reforça.
Além da dificuldade com a logística, o problema comum entre as comunidades agrícolas é o de infraestrutura geral, que engloba, ainda, comunicação e energia. A ausência de uma subestação para atender a região desmotiva a instalação de indústrias e secadoras de grãos e, consequentemente, trava o desenvolvimento.
Segundo Zanella, o assunto tem sido pauta frequente nos diálogos mantidos pela Aiba e governo do Estado. Apesar das constantes cobranças feitas pela Associação aos governos estadual e federal, o processo esbarra na morosidade e burocracia. Para falar sobre o tema, este ano a Coelba foi convidada a participar das reuniões. Sete representantes da concessionária de energia estiveram no último encontro e apresentaram o cronograma de ações da empresa. Segundo eles, a demanda será resolvida gradativamente e até 2023 o problema estará totalmente sanado, com a distribuição de energia em quantidade e qualidade suficientes. Os prepostos ressaltaram, ainda, as ações imediatas que a companhia vem adotando, como a troca de potes e cruzetas e a instalação de para-raios na região.
“Essas reuniões aqui na comunidade são de extrema importância para que os agricultores tomem conhecimento do que as entidades de classe estão fazendo pela causa coletiva. Já que, pela distância física, nós não vamos até a Aiba, a Aiba vem até nós e ainda traz prepostos de empresas que podem resolver nossos problemas”, comentou Hudson Rezende, presidente da Associação local.
“Tem que unir força e acreditar que é possível. Essa luta da Aiba é a luta de todos nós que queremos o desenvolvimento e progresso da região, e estrada é importante para que o agricultor possa ir e vir da sua propriedade, com segurança. O papel da comunidade é cobrar, pois é uma demanda comum a todos”, ratificou o também produtor rural e ex-presidente da Associação, Roberto Müller.
Representantes do Corpo de Bombeiros também participaram da reunião, para falar da importância de unir força no combate a incêndios de vegetação nativa e da instalação de brigadas nas fazendas.
As reuniões itinerantes também passaram pelo Rosário, Roda Velha, LEM e Cascudeiro. As próximas comunidades agrícolas a receberem a visita dos técnicos da Aiba e Abapa são Panambi e Coaceral, nos dias 26 e 27 de setembro, respectivamente.
Ascom Aiba
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