Com o intuito de fiscalizar a aplicação do recurso destinado pelos produtores rurais do oeste baiano a entidades filantrópicas da região, através do Fundo para o Desenvolvimento Sustentável e Integrado da Bahia (Fundesis), a equipe do Fundo está percorrendo as instituições a fim de realizar a prestação de contas. Na quarta-feira (19), ela esteve no município de Angical, onde visitou duas instituições: a Escola Família Agrícola (contemplada pela quarta vez) e a Escola Filarmônica Filhos do Oeste, que, pela primeira vez, recebeu ajuda do Fundesis, com projeto aprovado no último edital (2018.1). Essa última, fundada desde 2005, sob a regência do maestro Natan Paes, é uma escola de música cujo objetivo é ajudar e tirar das ruas crianças e adolescentes em situação de risco social. Desde seu início, o projeto tem mudado a vida de 80 crianças e jovens com aulas gratuitas de música instrumental, oferecidas no turno oposto ao da escola. O maestro Natan contou que ser contemplado pelo Fundesis foi de extrema importância nesse momento. “Bolei a ideia de confeccionar instrumentos musicais com materiais alternativos, como o plástico de PVC, pela falta de recursos para investimento, o que é uma realidade. Contudo, não desistimos e surgiu a oportunidade com o edital do Fundesis e fomos contemplados. Mesmo com a fabricação alternativa de alguns instrumentos, temos a necessidade de outros instrumentos profissionais e o custo é alto. Precisamos expandir o conhecimento dos alunos e para isso, instrumentos mais robustos adequados são necessários”, pontua. Outro depoimento gratificante foi o de Rosi Almeida, moradora do Angical e mãe da pequena Beatriz, 12, uma das alunas mais dedicadas da filarmônica. “Beatriz frequenta a escola há mais de um ano. Temos poucos recursos na cidade e acho extremamente importante uma atividade que envolva arte. Dei liberdade à minha filha de escolher uma atividade extracurricular, pois desde pequena ela sempre teve inclinações artísticas e isso traz satisfação e bom desenvolvimento escolar”, finaliza. “Nesse edital foram contemplados 24 projetos de instituições que atuam nas áreas de saúde, educação, cultura, agricultura sustentável, empreendedorismo e inclusão social e digital. Ainda temos muitas visitas e boas histórias para contar”, relata a Coordenadora do Fundesis, Makena Thomé. O Fundesis capta doações voluntárias deixadas pelos agricultores do Oeste da Bahia, representados pela Aiba e o Banco do Nordeste do Brasil (BNB) atua como “agente catalisador” nesse processo. São quase 13 anos promovendo a transformação social e econômica em vários municípios da região.
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